Retrospective – Sprint 3
Este documento apresenta os principais resultados da retrospectiva na Sprint 3 do projeto Vai Pela Sombra, com base nas respostas dos membros da equipe por meio de um formulário. O objetivo da retrospectiva é refletir sobre o que funcionou bem, o que pode ser melhorado e alinhar expectativas para as próximas sprints.
Histórico de Revisão
Data | Versão | Descrição | Autor(es) |
---|---|---|---|
22/05 | 1.0 | Adicionando conteúdo da Retrospectiva | Suzane Duarte |
Avaliações Coletivas
Dificuldade das Tarefas
"Como você avalia a dificuldade dessa sprint?"
Neste quesito, a percepção de dificuldade da sprint concentrou-se inteiramente nas notas intermediárias. A nota 3 foi a mais expressiva, apontada por 58,3% dos participantes, seguida de perto pela nota 4, com 41,7% das respostas. Isso indica que a sprint foi considerada pela totalidade da equipe como apresentando um nível de dificuldade de moderado a desafiador, porém manejável. A ausência completa de respostas nas extremidades da escala (notas 1, 2 e 5) sugere que as tarefas não foram percebidas como triviais, nem como excessivamente árduas a ponto de serem intransponíveis. A totalidade dos respondentes (100%) classificou a dificuldade entre moderada e um pouco elevada, o que pode sinalizar um bom equilíbrio no desafio proposto.
Divisão de Tarefas
"Como você avalia a divisão de tarefas durante a sprint?"
A avaliação da divisão de tarefas nesta sprint revela um cenário que pende predominantemente para o lado crítico. A nota 2 concentrou a maior parte das respostas, com 41,7% dos participantes indicando uma percepção negativa sobre como as tarefas foram distribuídas. Em seguida, a nota 3 aparece com 33,3%, sugerindo uma divisão apenas mediana para este grupo. Uma parcela menor, correspondente a 25%, avaliou a divisão com nota 4, indicando uma experiência mais positiva. É notável a ausência de notas 1 e 5, o que significa que ninguém considerou a divisão extremamente inadequada, mas também ninguém a viu como perfeitamente satisfatória. A concentração de 75% das respostas nas notas 2 e 3 (somando 41,7% e 33,3%) aponta para uma necessidade clara de revisão e melhoria na forma como as tarefas são alocadas, buscando maior clareza ou equilíbrio.
Clareza das Atividades
"Como você avalia a clareza da atividade realizada, por exemplo, seu entendimento em determinada história de usuário?"
A avaliação sobre a clareza das atividades nesta sprint demonstra uma percepção bastante dividida entre os membros da equipe. Observa-se uma concentração de respostas tanto na nota 3 (33,3%) quanto na nota 5 (33,3%), indicando que uma parcela significativa considerou a clareza apenas mediana, enquanto uma porção equivalente a considerou excelente. Adicionalmente, 16,7% dos participantes avaliaram com nota 4, e uma minoria expressiva (16,6% somando notas 1 e 2) relatou baixa clareza. Esse cenário polarizado sugere que, enquanto um grupo considerável teve um bom entendimento de suas tarefas, uma parte relevante da equipe (incluindo aqueles que deram nota 3, totalizando 49,9% com notas de 1 a 3) enfrentou dificuldades para compreender plenamente o que precisava ser executado.
Comunicação com o Time
"A comunicação com o restante do time foi eficaz?"
O gráfico referente à comunicação no time revela uma distribuição de opiniões bastante heterogênea, sem uma tendência claramente dominante. A nota 3 (mediana) foi a mais frequente, com 33,3% das respostas, indicando que para um terço da equipe a comunicação foi apenas razoável. Curiosamente, as demais notas (1, 2, 4 e 5) receberam um número idêntico de respostas, cada uma com 16,7%. Isso significa que percepções de comunicação muito ineficaz (16,7% para nota 1), ineficaz (16,7% para nota 2), eficaz (16,7% para nota 4) e muito eficaz (16,7% para nota 5) tiveram o mesmo peso. Somando as avaliações negativas (notas 1 e 2), temos 33,4% dos participantes que consideraram a comunicação deficiente, enquanto outros 33,4% (notas 4 e 5) a viram como positiva. Essa dispersão acentuada sugere que a experiência de comunicação variou consideravelmente entre os membros, apontando para possíveis inconsistências nos canais utilizados ou diferentes níveis de interação entre os integrantes.
Engajamento e Motivação
"Você se sentiu motivado e engajado ao longo desta sprint?"
O gráfico relacionado à motivação e engajamento dos participantes nesta sprint revela um cenário bastante diversificado e com pontos de atenção. Observa-se uma distribuição de respostas em que as notas 2, 3 e 5 receberam, cada uma, 25% dos votos. Isso indica que, enquanto um quarto da equipe se sentiu altamente motivado (nota 5), uma parcela igual sentiu baixa motivação (nota 2) e outro quarto demonstrou um nível de engajamento mediano (nota 3). Adicionalmente, 16,7% avaliaram sua motivação com nota 4 e 8,3% com nota 1. Somando as percepções mais baixas (notas 1 e 2), temos 33,3% da equipe com baixa motivação, enquanto 41,7% (notas 4 e 5) relataram sentir-se motivados. Essa dispersão, com um volume considerável de avaliações neutras e baixas (totalizando 58,3% para notas de 1 a 3), sugere que, embora uma parte da equipe estivesse engajada, a maioria enfrentou desafios para manter a motivação em alta, indicando a necessidade de investigar os fatores que podem estar impactando esse aspecto.
Planejamento Realista
"Você sentiu que o planejamento da sprint foi realista com relação ao tempo e à carga de trabalho?"
A percepção dos participantes sobre o realismo do planejamento da sprint mostrou-se dividida. Metade da equipe (50%) considerou que o planejamento foi realista ("Sim") em relação ao tempo e à carga de trabalho. No entanto, uma parcela expressiva de 41,7% avaliou o planejamento como "Parcialmente" realista, indicando que, para este grupo, houve aspectos que não se alinharam completamente com a realidade da execução. Uma minoria de 8,3% respondeu "Não", considerando o planejamento irrealista. Embora metade da equipe tenha tido uma percepção positiva, o fato de que a outra metade (somando "Parcialmente" e "Não", totalizando 50%) apontou algum grau de desalinhamento sugere que há oportunidades significativas de melhoria na forma como o tempo e a carga de trabalho são estimados e distribuídos.
Conclusão das Tarefas
"Você conseguiu concluir o que foi planejado para você nesta sprint?"
A análise do gráfico sobre a conclusão das tarefas planejadas para esta sprint revela um cenário preocupante. Apenas um terço dos participantes (33,3%) afirmou ter conseguido concluir integralmente suas entregas ("Sim"). A maior parcela, correspondente a 41,7%, indicou não ter conseguido concluir o que foi planejado ("Não"), enquanto 25% dos membros relataram ter cumprido suas tarefas apenas "Em partes". Estes dados demonstram que uma maioria significativa da equipe (66,7%, somando "Não" e "Em partes") não conseguiu finalizar o escopo designado.
Este resultado acende um alerta e pode estar relacionado a desafios na estimativa de tempo, complexidade das atividades, clareza das demandas, problemas no planejamento ou outros impedimentos que precisam ser urgentemente identificados e endereçados para otimizar a capacidade de entrega nas próximas sprints.
Avaliação Individual
"Como você avalia sua própria participação no time durante esta sprint?"
As autoavaliações sobre a participação individual foram bastante diversificadas, variando de relatos de desempenho insatisfatório e entregas não concluídas até contribuições consideradas boas ou excelentes. Os principais desafios apontados para justificar uma participação abaixo do ideal incluíram falta de tempo, conflitos de agenda (provas, viagens), falhas de comunicação e dificuldades em compreender as tarefas.
Problemas como informações tardias sobre dependências (como a finalização do backend) e a falta de resposta de colegas foram citados como barreiras. Apesar desses obstáculos, alguns membros destacaram contribuições positivas, como o desenvolvimento de funcionalidades específicas, auxílio em revisões e a criação de protótipos.
De forma geral, muitos reconheceram que sua participação foi impactada por esses fatores, sinalizando uma margem para melhoria na gestão de tempo, comunicação e clareza das atividades.
Avaliação em grupo
"Em relação aos outros membros do seu Squad (times), como foi o trabalho com eles?"
As respostas sobre o trabalho em equipe nesta sprint mosntram um quadro de experiências extremamente variadas, com desafios significativos predominando. A falta de comunicação e a participação desigual entre os membros dos squads foram os problemas mais críticos e recorrentes. Diversos participantes relataram ter colegas de equipe que "não conversamos ou desenvolvemos nada juntos", que "não respondia muito", estava "off a maior parte" ou que "nem sequer respondia [...] mensagens". Em alguns casos, isso resultou em membros tendo que "tentar fazer tudo quase que sozinho" ou sentindo que "não houve" colaboração.
Essa dinâmica levou a frustrações, com relatos de que a falta de colaboração de um membro "acabou prejudicando o andamento do trabalho". Uma crítica específica apontou que a separação de membros com boa sinergia de sprints anteriores em squads diferentes resultou em retrabalho e ineficiência, como o desenvolvimento de telas de login e cadastro distintas.
Em relação aos EPS (Engenheiros de Produto de Software), o feedback também foi misto: um foi descrito como "bem instrutivo no início, mas não teve tanto engajamento" depois, enquanto outro "ajudou muito".
Apesar do cenário predominantemente desafiador, houve lampejos de colaboração positiva. Alguns membros relataram boa coordenação ("consegui me coordenar bem com meus colegas"), trabalho produtivo em dupla ("Junto a Camile pude elaborar um passo a passo...") e uma avaliação geral de que o trabalho foi "muito bom", embora com a ressalva da necessidade de melhores estratégias para divisão de tarefas para evitar sobrecarga. Contudo, mesmo uma avaliação de "bom" veio acompanhada de "não me comuniquei muito", sugerindo que a independência pode ter sido mais comum que a colaboração ativa em alguns casos.
Em suma, a maioria dos relatos indica que a colaboração efetiva em equipe foi um grande obstáculo, com problemas de comunicação, engajamento e alinhamento impactando negativamente a produtividade e o moral de parte do time.
O Que Funcionou Bem
"O que funcionou bem nesta sprint?"
Apesar dos diversos desafios enfrentados, os participantes identificaram alguns aspectos que funcionaram bem durante a sprint. A comunicação através de reuniões e chamadas no Discord foi mencionada positivamente por mais de um membro, indicando que essa ferramenta ou formato foi útil para interações.
No âmbito dos processos, a análise de Pull Requests (PRs) foi citada como um ponto positivo. Alguns membros também perceberam melhorias na organização das tarefas, como a prática de "separar uma US para squad", uma "melhor divisão das issues" e o fornecimento de descrições mais detalhadas do necessário para os desenvolvedores (MDS). Um participante considerou que as "divisões de tarefas entre os grupos estavam boas".
O suporte de lideranças e a disponibilidade de recursos também foram destacados: um "líder de EPS foi bem solicito" e a utilização de um "protótipo de tela para guiar a construção" foi considerada eficaz por um desenvolvedor.
Houve também quem, mesmo não conseguindo desenvolver, aproveitou o tempo para se aprofundar nas técnicas abordadas. No entanto, alguns participantes não souberam identificar pontos que funcionaram bem ou não fizeram comentários específicos, o que sugere que as experiências positivas podem não ter sido universais ou claramente perceptíveis para todos.
Sugestões de Melhoria
Embora uma parcela considerável dos participantes não tenha apresentado sugestões de melhoria para esta sprint, as contribuições recebidas apontam para necessidades importantes, especialmente nas áreas de comunicação, capacitação técnica e alinhamento de tecnologias.
No quesito comunicação, foi sugerida a necessidade de "mais comunicação" de forma geral, incluindo o "agendamento de horários variados tanto os EPS como MDS, mesmo que sejam reuniões curtas" para facilitar a participação. Além disso, propôs-se a criação de canais mais diretos e segmentados, como "uma comunidade/grupo no WhatsApp com os grupos dos squads, um grupo de avisos, e um grupo geral", visando otimizar o fluxo de informações.
A demanda por capacitação técnica foi um dos pontos mais fortes, com ênfase especial no backend. Houve repetidas solicitações para a realização de "um dojo ou gravar um vídeo explicando o básico sobre o backend na sprint", justificada pela complexidade do tema e pela dificuldade em "entender o que precisa ser feito". Um depoimento detalhou a necessidade de entender como funcionam as requisições e a integração entre frontend e backend, especialmente por conta de serem em repositórios separados.
Em relação ao frontend, surgiu uma crítica contundente sobre a falta de alinhamento nas decisões tecnológicas. Foi observado o uso de abordagens divergentes (Tailwind com shadcn, Tailwind puro, CSS puro) e a instalação de bibliotecas redundantes (MUI junto com shadcn). A sugestão é por um "alinhamento geral em relação à stack de frontend", com a defesa do uso padronizado de ferramentas como shadcn, que oferece componentes prontos, consistentes e alinhados ao Figma, promovendo maior eficiência e padronização.
Por fim, a busca por "mais motivação" também foi mencionada, o que geralmente está atrelado à clareza dos processos, comunicação eficaz e ao sentimento de progresso e aprendizado. As sugestões, em conjunto, indicam um desejo por um ambiente de trabalho com maior suporte técnico através de capacitações, decisões tecnológicas mais claras e padronizadas, e canais de comunicação mais ágeis e inclusivos.
Análise do Scrum Master
Esta sprint revelou desafios significativos que impactaram a entrega, apesar de alguns esforços e pontos positivos isolados. Os principais problemas identificados foram falhas graves de comunicação e alinhamento, baixa clareza e divisão inadequada de tarefas, e uma preocupante dificuldade na conclusão do que foi planejado (apenas 33,3% concluíram tudo). A falta de padronização técnica no frontend e a necessidade de maior capacitação em backend também emergiram como pontos críticos.
Para as próximas sprints, o foco será em:
- Melhorar drasticamente a comunicação interna e a clareza das tarefas desde o planejamento.
- Promover sessões de capacitação e definir padrões técnicos para frontend e backend.
- Reforçar a colaboração e responsabilidade dentro dos squads.