Lean Inception do Projeto
1. Introdução
Esse documento busca apresentar o resultado final da Lean Inception feita pelo grupo juntamente com o PO (Product Owner). Contextualizando:
A Lean Inception é um workshop colaborativo e dinâmico que ajuda as equipes a alinhar e planejar a criação do Produto Mínimo Viável (MVP), que serve como um resumo visual da estratégia do MVP, fornecendo clareza e direção para a equipe avançar na construção do produto. Originada e evoluída a partir de práticas de Design Thinking e Lean Startup, a Lean Inception envolve uma série de atividades estruturadas para facilitar a descoberta, o esclarecimento e a colaboração entre os membros da equipe (CAROLLI, 2018).
Como no trabalho realizado no semestre anterior pelo grupo responsável pelo projeto da UnBTV também houve essa tarefa da Lean Inception, as etapas iniciais (Visão de Produto até Brainstorming de Funcionalidades) foram revisadas e complementadas pelo que já tinha sido feito anteriormente.
2. Etapas da Lean Inception
2.1 Visão do Produto
A visão do produto é a primeira etapa da Lean Inception e ajuda a trilhar o caminho inicial. Ela define a essência do seu valor de negócio e deve refletir uma mensagem clara e convincente acerca do produto. Nela, decide-se sobre qual característica do produto o caminho inicial será trilhado, e qual será a estratégia de posicionamento (CAROLLI, 2018).
A Visão de Produto consolidada do grupo é:
2.2 O Produto É - NÃO É - FAZ - NÃO FAZ
A atividade É - Não é - Faz - Não faz (ENFN, abreviado) busca classificações sobre o produto seguindo as quatro diretrizes, indagando, especificamente, cada aspecto positivo e negativo sobre o produto ser ou fazer algo. Essa atividade ajuda a esclarecer o produto. Geralmente, após tal atividade, os participantes terão uma visão mais alinhada tanto sobre o que o produto faz, quanto sobre o que o produto não faz (CAROLLI, 2018).
O Produto É - NÃO É - FAZ - NÃO FAZ consolidado do grupo é:
2.3 Objetivos do Produto
Nesta etapa, cada membro da equipe deve compartilhar sua compreensão sobre os objetivos do negócio, e os vários pontos de vista devem ser discutidos para chegar a um consenso sobre o que verdadeiramente possui relevância. Portanto, esta atividade auxilia no levantamento e esclarecimento dos objetivos (CAROLLI, 2018).
Eles são separados em clusters (grupos), a fim de agrupar os objetivos que são similares ao grupo.
Os Objetivos do Produto consolidados do grupo é:
2.4 Personas
Para efetivamente identificar as funcionalidades de um produto, é importante ter em mente os usuários e seus objetivos. A maneira geralmente utilizada para representar os usuários é por meio de personas. Uma persona representa um usuário do produto ou serviço, descrevendo não só o seu papel, mas também suas necessidades específicas. Isso cria uma representação realista de usuários, auxiliando o time a descrever funcionalidades do ponto de vista de quem interagirá com o produto final (CAROLLI, 2018).
Para o projeto foram definidas 2 personas distintas, mas que definem bem os usuários do produto:
2.5 Jornadas do Usuário
A jornada descreve o percurso de um usuário por uma sequência de passos dados para alcançar um objetivo. Alguns desses passos representam diferentes pontos de contato com o produto, caracterizando a interação da pessoa com ele (CAROLLI, 2018).
As Jornadas dos Usuários que são as personas do produto são:
2.6 Brainstorm de Funcionalidades
Funcionalidade é a descrição de uma ação ou interação de um usuário com o produto. A descrição de uma funcionalidade deve ser o mais simples possível: o usuário está tentando fazer uma coisa, então o produto deve ter uma funcionalidade para isso (CAROLLI, 2018). Assim, o uso de brainstorming incentiva encontrar o máximo de funcionalidades sugeridas por todos os membros da equipe.
A dinâmica do grupo foi revisar o brainstorm do semestre passado e adicionar novas funcionalidades recomendadas pelo grupo. Assim, pode-se consolidar as funcionalidades:
2.7 Revisão Técnica, de Negócio e de UX
Após a obtenção das funcionalidades, é preciso reavaliá-las, normalizá-las, e, se possível, descartar o que não faz sentido levar a diante. Para evoluir esse entendimento, avaliamos cada funcionalidade em termos de esforço, valor para o negócio, experiência dos usuários e o nível de confiança que temos sobre o que e como construí-la (CAROLLI, 2018).
Para esforço, valor de negócio e valor de UX (user experience em inglês, ou experiência do usuário, em português), avaliamos e classificamos as funcionalidades com marcações em uma escala de um a três. Já para nível de confiança técnico e de UX/negócio, é feita uma avaliação entre baixo, médio e alto para cada um desses níveis, a fim de obter uma classificação baseada em cor (vermelho, amarelo ou verde) que ilustra o quão confiante a equipe está em relação a funcionalidade.
A Revisão Técnica, de Negócio e de UX consolidada do grupo é:
2.8 Sequenciador
O objetivo desta etapa é priorizar as funcionalidades previamente identificadas e já avaliadas. Para isso, a equipe deve usar um template de um sequenciador e deve organizar as funcionalidades de forma sequencial, indicando o que será implementado no MVP e o que será incrementado. Além disso, a equipe deve definir quais funcionalidades estarão em cada onda, quantas ondas o MVP terá e qual o tamanho de cada onda. Além disso, o sequenciador deve seguir um conjunto de regras pré-definidas(CAROLLI, 2018).
O Sequenciador até o MVP (no Figma é possível ver completo) do grupo é:
2.9 Calculando Esforço, Tempo e Custo
Esta atividade busca entender quanto tempo durará a construção de cada onda e, consequentemente até o MVP. Levando em conta que as ondas são parecidas, já que seguem as regras, pode-se fazer uma estimativa para as três primeiras ondas e, assim, usá-la para todas as ondas.
Essa atividade segue os seguintes passos:
- Destrinchar as funcionalidades em pedaços menores (histórias de usuário);
- Dimensionar as histórias em tamanhos de esforço (P, M, G e GG);
- Estimar o tempo de 3 a 4 histórias em cada tamanho de esforço, em dias (1 dia = 1 jornada de trabalho = 8 horas);
- Fazer uma média de tempo de esforço para cada tamanho;
- Obter a média de tempo para cada onda.
O Cálculo de Esforço, Tempo e Custo (representa apenas 1 onda na imagem, no Figma é possível ver completo) do grupo é:
Pode-se considerar, então, que cada dupla de desenvolvedores (haverão 4) gasta aproximadamente 0,9 dias (7 horas) para desenvolver cada onda. Contudo, isso não leva em conta o tempo de estudo necessário, também, logo cada onda pode durar entre 1 sprint e 1 1/2 sprint (já que as 7 horas de desenvolvimento são distribuídas ao longo da semana).
2.10 Canvas MVP
No Canvas MVP, a equipe detalha o MVP (Mínimo Produto Viável) e as suas funcionalidades, sob as perspectivas de Design Thinking e do Lean Startup. Apesar de poder ser utilizada independente da sequência de atividades da Lean Inception, ela foi concebida para ser a última do workshop. O Canvas MVP é dividido em sete blocos. E em cada bloco, uma pergunta deve ser respondida, na ordem indicada:
- Proposta do MVP: Qual é a proposta deste MVP?
- Personas segmentadas: Para quem é este MVP? Podemos segmentar e testar este MVP em um grupo menor?
- Jornadas: Quais jornadas são atendidas ou melhoradas com este MVP?
- Funcionalidades: O que vamos construir neste MVP? Que ações serão simplificadas ou melhoradas neste MVP?
- Resultado esperado: Que aprendizado ou resultado estamos buscando neste MVP?
- Métricas para validar as hipóteses do negócio: Como podemos medir os resultados deste MVP?
- Custo e Cronograma: Qual é o custo e a data prevista para a entrega deste MVP?
O Canvas MVP do grupo é:
3. Lean Inception Completa
A Lean Inception Completa da equipe pode ser encontrada no Figma abaixo:
4. Referências
Paulo Caroli: Lean Inception: How to Align People and Build the Right Product. 1 ed. São Paulo.
5. Versionamento do Documento
| Data | Versão | Descrição | Autor |
|---|---|---|---|
| 30/04/2024 | 1.0 | Versão inicial completa do documento | Victor Hugo Oliveira Leão |