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Plano de Gerenciamento de Riscos

1. Introdução

O planejamento de riscos é um processo sistemático que identifica, avalia e prioriza ameaças potenciais que podem afetar o sucesso de um projeto. É um componente crítico da gestão de projetos e consiste em um conjunto de atividades, procedimentos e ferramentas destinadas a antecipar e mitigar riscos potenciais.

O risco, conforme definição do Project Management Institute, é "um evento ou condição incerta que, caso ocorra, tem um impacto negativo ou positivo em um ou mais objetivos do projeto". O planejamento de riscos deve ser integrado ao plano geral do projeto e regularmente revisado e atualizado ao longo do seu ciclo de vida.

O objetivo de um planejamento de riscos é minimizar o impacto de eventos negativos e maximizar as chances de atingir os objetivos do projeto. Ele tem como propósito servir de ferramenta para facilitar a identificação, avaliação e priorização de riscos potenciais. Esse plano ajuda a mitigar ou eliminar essas ameaças, garantindo a continuidade da operação.

1.1 Tipos de risco

Para a classificação dos riscos, foram consideradas as seguintes categorias:

  • Externo
  • Gerencial
  • Organizacional
  • Técnico

2. Definições

2.1 Probabilidade e impacto dos riscos

Nível Probabilidade Porcentagem de certeza
1 Muito baixa 0% - 19%
2 Baixa 20% - 39%
3 Média 40% - 59%
4 Alta 60% - 79%
5 Muito alta 80% - 100%

2.2 Impacto

Nível Impacto
1 Muito baixo
2 Baixo
3 Médio
4 Alto
5 Muito alto

2.3 Matriz de probablidade X impacto

Probabilidade / Impacto Muito baixo Baixo Médio Alto Muito alto
Muito baixa 1 2 3 4 5
Baixa 2 4 6 8 10
Média 3 6 9 12 15
Alta 4 8 12 16 20
Muito alta 5 10 15 20 25

2.4 Graus de risco

Grau Risco
1 - 5 Baixo
6 - 12 Médio
15 - 25 Elevado

3. Levantamento de riscos

3.1 Tabela de Riscos

Risco Descrição Categoria
R01 Indisponibilidade do cliente Externo
R02 Falha de equipamento Externo
R03 Problemas de saúde de algum integrante da equipe Externo
R04 Falta de participação de algum integrante do projeto Gerencial
R05 Falta de integração da equipe Gerencial
R06 Atraso na disponibilização de funcionalidades Gerencial
R07 Falta de disponibilização de releases para o cliente testar Gerencial
R08 Membro da equipe sobrecarregado Gerencial
R09 Baixa produtividade da equipe Gerencial
R10 Falta de validação de artefatos com cliente Gerencial
R11 Falta de comunicação Organizacional
R12 Saída de algum integrante do projeto Organizacional
R13 Divergência nos horários disponíveis dos integrantes Organizacional
R14 Dependência entre atividades Organizacional
R15 Falta de treinamento adequado para a equipe Organizacional
R16 Dificuldade com as tecnologias do projeto Técnico
R17 Falta de entendimento da arquitetura do projeto Técnico
R18 Baixa qualidade do código fonte Técnico
R19 Problemas na configuração do ambiente de desenvolvimento Técnico
R20 Não entendimento da funcionalidade planejada Técnico

3.2 Causa e Consequência dos Riscos

Risco Causa Consequência
R01 Falta de envolvimento do cliente e conflitos de agenda Aumento do retrabalho e dificuldades para validações
R02 Desgaste natural e falta de manutenção Aumento dos custos e atraso nas entregas
R03 Doenças/falta de cuidado com a saúde Sobrecarga dos outros integrantes
R04 Baixa motivação do integrante Aumento no volume de atividades acumuladas
R05 Falta de comprometimento e comunicação entre os membros Falta de alinhamento por parte da equipe
R06 Falta de planejamento e estimativas incorretas Alteração do cronograma e insatisfação do cliente
R07 Problemas com o processo de disponibilização do ambiente Aumento do risco de erros na implementação e insatisfação do cliente
R08 Divisão de tarefas mal feita e falta de participação de outros membros Conhecimento técnico concentrado em poucas pessoas
R09 Motivação baixa ou falta de clareza nas tarefas Atrasos no cronograma do projeto e aumento de esforço necessário
R10 Falta de processo estruturado para validação Entregas que não atendem às expectativas do cliente
R11 Falta de clareza nas responsabilidades e canais de comunicação Desalinhamento entre as partes interessadas
R12 Problemas pessoais e sobrecarga de trabalho Redução do potencial de entrega da equipe
R13 Necessidade de realizar outras disciplinas e atividades Problemas de integração e baixa participação nas reuniões
R14 Falta de coordenação entre as atividades do projeto Bloqueio no progresso de outras atividades
R15 Falta de planejamento de tempo para treinamento Baixa produtividade e qualidade do trabalho
R16 Falta de experiência com as tecnologias Baixa qualidade do produto e atraso nas entregas
R17 Documentação incompleta ou falta de explicação clara da arquitetura Implementação incorreta ou inconsistente
R18 Falta de revisões e de conhecimento técnico Aumento da presença de bugs e dificuldade de manutenção do código
R19 Configurações complexas ou falta de documentação adequada Atrasos no início do desenvolvimento e inconsistências no ambiente de trabalho
R20 Requisitos mal definidos ou comunicação ineficaz com o cliente Desenvolvimento de funcionalidades incorretas ou incompletas

3.3 Prevenção e Ação para os Riscos

Risco Prevenção Ação
R01 Entrar em acordo sobre data e horário das reuniões Solicitar ao cliente reagendamento da reunião
R02 Realizar manutenção periódica do equipamento Providenciar conserto ou comprar novo equipamento
R03 Seguir as recomendações de saúde Reavaliar distribuição das tarefas
R04 Manter todos os integrantes ativos e motivados Compreender o problema que o integrante está tendo e ajudá-lo
R05 Participação de todos nas reuniões da sprint Remarcar data e horário das reuniões
R06 Planejamento realista da sprint e das estimativas Reavaliar as atividades e estimativas para a sprint
R07 Preparar o ambiente para o cliente testar com antecedência Reavaliar o processo de disponibilização do ambiente
R08 Divisão equivalente das tarefas entre os integrantes Reavaliar a distribuição das tarefas
R09 Estabelecer metas claras e proporcionar feedback regular Realizar sessões de alinhamento e motivação
R10 Agendar revisões regulares com o cliente Realizar uma análise de gap e retrabalho
R11 Implementar reuniões de status regulares Organizar uma reunião de emergência para realinhamento
R12 Manter todos motivados e organizar a grade horária Reavaliar a distribuição e o planejamento das atividades do projeto
R13 Elaboração de uma planilha de horários Definição de pares para a realização das atividades
R14 Elaborar priorização correta das atividades Rever priorização das atividades
R15 Incorporar sessões de treinamento no cronograma do projeto Organizar sessões de treinamento imediatas e focadas
R16 Realização de treinamentos Programação em pares para compartilhar o conhecimento
R17 Realizar sessões de treinamento sobre a arquitetura Agendar revisões de arquitetura e ajustes necessários
R18 Alta cobertura de testes e lint Identificar quais componentes estão reduzindo a qualidade e refatorá-los
R19 Documentar e automatizar a configuração do ambiente Implementar uma força-tarefa para resolver problemas de configuração
R20 Realizar sessões de esclarecimento e validação de requisitos com o cliente Organizar reuniões de revisão e correção de curso

4. Monitoramento dos Riscos

O acompanhamento dos riscos é essencial durante o desenvolvimento de um projeto de software, uma vez que os riscos não são estáticos e podem mudar de nível ao longo do projeto.

5. Gráfico de Pontuação por Sprint

O gráfico abaixo mostra a pontuação total de Probabilidade x Impacto a cada sprint. Nele é possível notar que inicialmente a pontuação é baixa, por se tratar da Sprint 0. A partir da Sprint 1, onde começa de fato o trabalho de desenvolvimento do projeto, a pontuação apresentou um pico inicial e, após isso, um decréscimo até a sprint 6. Na última sprint, observamos um aumento, justamente por alguns riscos que aumentaram por ser perto da entrega do MVP e por se aproximar do final do semestre.

6. Referências

[1] TOTVS. Plano de Gerenciamento de Riscos: como elaborar?. Dosponível em: https://www.totvs.com/blog/negocios/plano-de-gerenciamento-de-riscos-2/.

[2] DevMedia. Gerência de riscos em desenvolvimento de software. Disponível em: https://www.devmedia.com.br/gerencia-de-riscos-em-desenvolvimento-de-software/28506.

[3] Glicfas. O que é e para que serve a Estrutura Analítica de Riscos?. Disponível em: https://glicfas.com.br/estrutura-analitica-de-riscos-2/.

[3] Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria. Gerenciamento de riscos técnicos: o caso de uma empresa de desenvolvimento de softwares. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/2734/273445843005/html/.

7. Versionamento do Documento

Data Versão Descrição Autor
07/07/2024 1.0 Esqueleto inicial do documento Gabriel Roger Amorim da Cruz
09/07/2024 1.1 Preenchimento das tabelas de risco Gabriel Roger Amorim da Cruz
10/07/2024 1.2 Adicionando planilha de gerenciamento de riscos Gabriel Roger Amorim da Cruz
12/07/2024 1.3 Adicionando gráfico de pontuação por sprint e ajustando tabela de monitoramento Gabriel Roger Amorim da Cruz